A cetoacidose diabética é uma complicação metabólica aguda do diabetes.
Essa complicação é caracterizada por hiperglicema, excesso de corpos cetónicos no sangue (hipercetonemia) e acidose metabólica.
Quando existe a falta de insulina e o corpo não consegue usar a glicose como fonte de energia, as células utilizam outros meios para manter seu funcionamento…
Uma das alternativas que o corpo encontra é usar a gordura para obter a energia que falta.
Porém o resultado desse processo leva ao acúmulo dos corpos cetônicos, substâncias que deixam o sangue ácido…
Mas porquê a Cetoacidose diabética é algo preocupante?
Essa acidez gerada pelo processo de acúmulo dos corpos cetônicos é extremamente prejudicial para o corpo humano…
A maior parte das reações químicas que acontecem nas células do corpo depende de uma faixa não muito ampla de pH.
Ou seja, qualquer variação além dessa faixa é prejudicial.
Por isso a cetoacidose diabética é uma complicação aguda grave e potencialmente mortal…
Quem pode ter cetoacidose diabética?
Ela ocorre de forma mais comum em pacientes com diabetes tipo 1.
Mas também pode acontecer em pacientes com diabetes tipo 2.
No caso do diabetes tipo 1, a cetoacidose diabética pode ser a primeira manifestação da doença ou resultar do aumento das necessidades de insulina por conta de infecções, traumas, infartos e cirurgias…
Já no caso das pessoas com diabetes tipo 2, pode ocorrer em condições graves como a sepse, por exemplo.
Causas
A cetoacidose no diabético é geralmente desencadeada por:
- Uma doença: Uma infecção ou outra doença pode fazer o corpo produzir níveis mais elevados de certos hormônios, como a adrenalina ou cortisol. Infelizmente, esses hormônios trabalham contra a insulina – às vezes provocando um episódio de cetoacidose diabética. Pneumonia e infecções do trato urinário estão comumente ligados à cetoacidose diabética;
- Desconhecimento de que possui diabetes e consequentemente, a falta de tratamento;
- Problemas com a terapia de insulina: o tratamento com insulina feito de forma incorreta pode deixar o paciente com muito pouca insulina, provocando um episódio de cetoacidose diabética.
Outros possíveis gatilhos de cetoacidose diabética incluem:
- Estresse
- Trauma físico ou emocional
- Febre alta
- Cirurgia
- Infarto
- Abuso de álcool ou de drogas, especialmente cocaína.
Sintomas
- Sede intensa e boca seca;
- Aumento da frequência das micções e da quantidade da urina;
- Hiperglicemia;
- Altos níveis de corpos cetônicos na urina;
- Pele seca;
- Fadiga intensa;
- Respiração rápida e superficial;
- Náuseas, vômitos e dor abdominal;
- Hálito com odor acentuado de acetona,
- Confusão mental.
Como é feito o diagnóstico?
Se você se sentir doente, estressado ou sofreu uma lesão recente, verifique o seu nível de açúcar no sangue com frequência.
Caso a glicemia fique muito alta, é importante que você busque ajuda profissional…
Procure atendimento médico de emergência se:
- Seu nível de açúcar no sangue é consistentemente maior do que 300 mg/dL;
- Você tem cetonas em sua urina;
- Você tem vários sinais e sintomas – sede excessiva ou micção frequente, náuseas e vômitos, dor abdominal, falta de ar, respiração com aroma frutado, confusão.
Lembre-se, cetoacidose diabética não tratada pode ser fatal.
Como prevenir?
Algumas medidas simples permitem prevenir as crises:
- Aprender sobre os sintomas da cetoacidose para reconhecê-los precocemente;
- Fazer rigorosamente o tratamento do diabetes conforme prescrito pelo seu médico;
- Controlar os níveis de glicemia no sangue e os corpos cetônicos (cetonúria) na urina, mesmo em casa, utilizando fitas desenvolvidas para isso;
- Procurar assistência médica, quando as taxas estiverem elevadas ou nos quadros infecciosos e febris.
Tratamento da Cetoacidose diabética
O tratamento é feito de forma hospitalar e inclui a administração de insulina, hidratação endovenosa, correção do pH do sangue e acompanhamento dos níveis de consciência.
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O diabetes controlado significa menos complicações e problemas para o paciente…
E se você busca ter um controle mais preciso e prático do seu diabetes no dia a dia veja isso:
FONTES:
[1] – https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/cetoacidose-diabetica/
[2] – https://www.diabetes.org.br/publico/ultimas/774-cetoacidose-diabetica-e-uma-grave-emergencia-medica
[3] – https://www.minhavida.com.br/saude/temas/cetoacidose-diabetica
[4] – https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-melito-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos/cetoacidose-diab%C3%A9tica-cad