criança com diabetes tipo 1 recebendo insulina

O diabetes, em geral, é caracterizado pelo elevado nível de açúcar (hiperglicemia) no sangue. No diabetes tipo 1 isso ocorre pela falta do hormônio chamado insulina no organismo.

E no caso do diabetes tipo 2, pela redução dos níveis de insulina no organismo em combinação com a resistência do próprio corpo para esse hormônio.

Estudo com crianças que possuem diabetes tipo 1…

Uma recente revisão de dados apoia um controle mais rígido da hemoglobina A1C (hemoglobina glicada) em crianças com diabetes tipo 1.

A revisão foi liderada pela Dra. Maria J. Redondo, endocrinologista pedriatra no Hospital Infantil do Texas e professora no Baylor College of Medicine em colaboração com outros colegas.

O artigo, publicado no jornal Diabetes Care, apresenta as evidências usadas pela doutora e seus colegas do comitê de prática profissional da American Diabetes Association (ADA) para emitir as novas diretrizes de teste de hemoglobina glicada em crianças com diabetes tipo 1.

Essa revisão teve como objetivo aumentar a conscientização…

E, ao apresentar as fortes evidências. emitir as novas recomendações que são utilizadas para tranquilizar os cuidadores e os médicos de família sobre a segurança desta abordagem.

Muito açúcar no sangue pode causar efeitos prejudiciais

A revisão ainda destaca evidências que mostram que níveis cronicamente elevados de glicose no sangue podem causar vários efeitos prejudiciais…

Incluindo desenvolvimento anormal do cérebro, aumento de problemas cardíacos, outras complicações com relação ao diabetes e taxas de mortalidade em crianças e adolescentes com diabetes tipo 1.

Todas essas são razões para um controle mais rigoroso da HbA1C (hemoglobina glicada) entre esses pacientes.

Novos padrões para crianças com diabetes tipo 1

Com base nisso, os Padrões de Cuidados Médicos da ADA agora recomendam que a maioria das crianças com diabetes tipo 1 deve buscar níveis hemoglobina glicada inferiores a 7%.

Em vez de 7,5%, como era o recomendado em diretrizes antigas.

Eles também fornecem orientações distintas para pacientes com outros fatores predispostos ou estado de saúde.

Conforme a Dra. Maria J. Redondo, líder da revisão (tradução literal):

“Até recentemente, havia uma crença equivocada de que as flutuações de açúcar em crianças pré-púberes não causam nenhum dano a longo prazo. No entanto, está cada vez mais evidente que isso não é verdade. Além disso, estudos mostram que terapia intensiva com insulina reforça a redução dos níveis de açúcar próximo da faixa normal, além do que é necessário para controlar a hiperglicemia, é o melhor para reduzir o risco de danos a órgão mais agudos e de longo prazo, e complicações relacionadas ao DM1 em crianças e adolescentes.”

Ela ainda complementa com:

“No entanto, essas medidas rigorosas nem sempre são praticadas por cuidadores de pacientes com diabetes tipo 1, devido a preocupações e medo de que isso possa causar quedas súbitas ou dramáticas nos níveis de açúcar. Historicamente, níveis mais baixos de A1C (teste de hemoglobina glicada) foram associados a maior risco de hipoglicemia, o que levou a diretrizes com metas glicêmicas mais altas entre os jovens.

As complicações da hipoglicemia

A hipoglicemia é acompanhada por uma série de sintomas, incluindo tonturas e pode causar complicações graves, como convulsões, coma e danos cerebrais.

A revisão apresenta várias linhas de evidência que apoiam o fato de que a incidência de hipoglicemia tem diminuído em crianças com diabetes tipo 1 nas últimas três décadas.

Além disso, eles descobriram que a ligação entre as metas de glicose mais baixas e o risco de hipoglicemia enfraqueceu nos últimos 15 anos.

“Agora sabemos mais sobre os fatores de risco de hipoglicemia e como evitá-la. Além disso, novas inovações, como o desenvolvimento de análogos de insulina e tecnologias de diabetes – como monitoramento contínuo de glicose, bombas de insulina e sistemas integrados – agora permitem que cuidadores e pacientes meçam e regulem os níveis de açúcar de maneiras relativamente indolores. Isso também tornou mais viável manter os níveis de uma faixa pré-especificada de alvo A1C. É por isso que, com base em evidências emergentes esmagadoras, a ADA revisou suas metas de HbA1C várias vezes ao longo dos anos. É importante observar que essas novas diretrizes refletem orientações semelhantes emitidas por outras sociedades de diabetes em todo o mundo.”

Finaliza a Dra. Maria J. Redondo.

Recomendações da ADA

De acordo com a orientação da ADA, um alvo mais alto de A1C de < 7,5% é recomendado para jovens que não conseguem dizer o que estão sentindo, ou não têm consciência da hipoglicemia…

E para aqueles que podem não ter acesso a insulinas análogas, tecnologias avançadas para diabetes ou não pode monitorar a glicose regular no sangue por algum motivo.

Eles recomendam metas de hemoglobina glicada menos rigorosas (por exemplo, < 8%) para crianças com histórico de hipoglicemia grave, morbidades graves ou expectativa de vida curta devido a outras doenças.

Finalmente, para pacientes que ainda estão na “lua de mel”, após o diagnóstico inicial e/ou em situações onde o índice glicêmico mais baixo pode ser alcançado sem risco indevido de hipoglicemia ou redução da qualidade de vida, um A1C <6,5% é considerado seguro e eficaz.

Com esses níveis alvo de A1C reduzidos, a meta é que as crianças com DM1 tenham melhores resultados de saúde imediatos, e a longo prazo, com menos complicações e taxas de mortalidade reduzidas.

Tem um filho com diabetes tipo 1? Veja isso agora mesmo 👇

Ao ler esse texto, além de ficar sabendo das novas recomendações da American Diabetes Association (ADA), você deve ter percebido o seguinte:

Um controle preciso e constante é essencial para uma saúde melhor em pessoas com diabetes

Então, se você tem um filho com diabetes, ou se você mesmo tem diabetes, quero te convidar a ler um artigo sobre uma novidade incrível…

Uma ferramenta maravilhosa capaz de deixar a sua vida muito mais simples e prática!

Fonte: https://medicaldialogues.in/diabetes-endocrinology/news/ada-lowers-target-hba1c-levels-for-children-with-type-1-diabetes-73628#.YAiwh3Gmrac.whatsapp

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