A obesidade infantil costumava ser um sinônimo de saúde, quem nunca escutou “que criança ‘cheinha’, tão saudável”?
Entretanto, nos tempos modernos, a obesidade se tornou um problema estético. Os padrões de beleza não aceitam aquela criança antes considerada saudável.
Além da estética, o excesso de peso é um problema sério. E pode provocar o surgimento de doenças graves como o diabetes, a hipertensão, problemas cardíacos e má formação do esqueleto.
O que é a obesidade infantil?
A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de gordura corporal em crianças de até 12 anos, é uma condição grave que tem aumentado nos últimos anos.
O sobrepeso existe quando a criança está, no mínimo, 15% acima do peso de referência para sua idade.
A obesidade é um problema multifatorial, a má alimentação, sedentarismo e problemas com sono são os principais. Geralmente, quando a criança é obesa, a família também está em sobrepeso.
O excesso de peso na primeira infância intensifica o risco de obesidade posterior.
Seus riscos
A obesidade infantil é uma doença que pode comprometer a qualidade de vida do adulto, ocasionando doenças crônicas mais cedo.
Como a criança está em fase de crescimento, a obesidade infantil pode ser um impacto negativo no desenvolvimento dos ossos, músculos e articulações, prejudicando a formação do esqueleto.
A longo prazo a obesidade infantil pode causar:
- Acne;
- Enxaqueca;
- Diabetes – descubra os cuidados essenciais do diabetes infantil neste artigo;
- Colesterol alto;
- Hipertensão arterial;
- Disfunções do fígado;
- Doenças ortopédicas;
- Doenças respiratórias;
- Dores nas articulações;
- Assaduras e dermatites;
- Complicações metabólicas;
- Obesidade mórbida, quando adultos.
A obesidade infantil também pode ocasionar problemas emocionais como:
- Solidão;
- Bullying;
- Depressão;
- Baixa autoestima;
- Isolamento social;
- Disfunção alimentar;
Diagnóstico da obesidade infantil
Em adultos, o cálculo IMC (índice de massa corporal) pode determinar se uma pessoa está ou não em sobrepeso ou obesidade.
Nas crianças, o IMC deve ser avaliado em conjunto com dados de idade, sexo e análise das curvas de crescimento.
A obesidade infantil e o diabetes tipo 2
O excesso de peso na infância tem sido associado ao status de excesso de peso dos pais, avós e responsáveis.
Crianças nascidas de mães com sobrepeso ou obesas têm maior probabilidade de estar acima do peso por volta dos quatro anos de idade.
Fatores culturais e hábitos familiares também contribuem para o excesso de peso das crianças. A falta de conhecimento nutricional e o sedentarismo dos familiares colaboram para a obesidade infantil.
Por exemplo:
A criança que vive em uma família que não consome frutas e vegetais, mas costuma fazer refeições em fast food. Provavelmente terá uma dieta prejudicial à saúde, com maior porcentagem de calorias provenientes de gordura e gordura saturada, e menor consumo de frutas e vegetais.
Nisso, é sabido que o excesso de peso leva a um estado de resistência à ação da insulina, responsável pela entrada de glicose nas células.
Essa alteração metabólica provoca a falência das células do pâncreas e a consequente diminuição na produção de insulina.
Tal fenômeno é responsável por um aumento da glicose no sangue e a instauração do diabetes tipo 2.
A obesidade infantil é reversível, o diabetes não.
Como é feito o tratamento
Após identificada a obesidade deve receber tratamento imediato e pessoal, a primeira etapa é analisar as causas do aumento de peso.
Na maioria das vezes o aumento está relacionado a má alimentação, alta ingestão de calorias e sedentarismo.
Nesse caso, o tratamento inclui início ou aumento de atividades físicas, reeducação alimentar e adoção de uma alimentação mais saudável.
O principal objetivo do tratamento é normalizar a glicemia. Medicação oral e insulina podem ser utilizadas no tratamento, junto com a monitoração diária da glicose no sangue.
Nunca tente resolver o problema sem a orientação médica. Uma dieta restritiva e o excesso de exercícios podem agravar o problema, desenvolvendo lesões, distúrbios, e a hipo ou hiperglicemia.
A obesidade infantil também pode ser causada por fatores hormonais ou psicológicos.
Em qualquer dos casos, a família deve apoiar e vivenciar o tratamento com a criança, adotando suas restrições e reeducação alimentar.
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